O Protagonismo Juvenil é um tipo de ação de intervenção no contexto social para responder a problemas reais onde o jovem é sempre o ator principal. É uma forma superior de educação para a cidadania não pelo discurso das palavras, mas pelo curso dos acontecimentos. É passar a mensagem da cidadania criando acontecimentos, onde o jovem ocupa uma posição de centralidade. O Protagonismo Juvenil significa, tecnicamente, o jovem participar como ator principal em ações que não dizem respeito à sua vida privada, familiar e afetiva, mas a problemas relativos ao bem comum, na escola, na comunidade ou na sociedade mais ampla. Outro aspecto do protagonismo é a concepção do jovem como fonte de iniciativa, que é ação; como fonte de liberdade, que é opção; e como fonte de compromissos, que é responsabilidade. Na raiz do protagonismo tem que haver uma opção livre do jovem, ele tem que participar na decisão se vai ou não fazer a ação. O jovem tem que participar do planejamento da ação. Depois tem que participar na execução da ação, na sua avaliação e na apropriação dos resultados. Existem dois padrões de protagonismo juvenil: quando as pessoas do mundo adulto fazem junto com os jovens e quando os jovens fazem de maneira autônoma.
Felipe estuda na Cfaf e realiza atividades nas comunidades do município onde mora
Mesmo muito jovem, com apenas 15 anos, Felipe Luís da Silva Oliveira demonstra maturidade na fala e preocupação com a conservação da natureza em seu discurso. Afirma com propriedade que quer atuar na área de agronomia e que esse sonho vem sendo realizado desde quando ingressou na Casa Familiar Agroflorestal (Cfaf). Educando do Curso de Educação Profissional Técnica de Nível Médio em Florestas integrado ao Ensino Médio, Felipe se sente honrado em fazer parte da nova turma da Cfaf. “Estou tendo a oportunidade de adquirir valiosos aprendizados e de retribuir o que a natureza sempre fez por todos nós”, ressalta. Além de Felipe, seu irmão, Moisés Luís da Silva Oliveira, também estuda na Casa Familiar, na turma do segundo ano.
Apesar de morar na área central de Taperoá (BA) com os pais e irmãos, o protagonista realiza ações em duas comunidades do município - Jordão e Jacaré -, colocando em prática os conhecimentos aprendidos na Cfaf. “Converso com os moradores sobre os projetos que desenvolvemos, como a compostagem [técnica de decomposição de materiais orgânicos para produção de adubo] e sobre a importância de preservar a cultura local. Acredito que compartilhando o que aprendo, poderei contribuir com um futuro melhor para as pessoas”. Além disso, Felipe atua como voluntário na Secretaria Municipal de Juventude, o que viabiliza encontros com representantes do poder público de sua cidade para discutir melhorias. “Se você tem a oportunidade para fazer o bem pela sociedade, faça”.
O jovem ainda é participante assíduo dos Dias do PDIS nas comunidades, já tendo marcado presença em sete edições. Realizada desde março, a ação busca estreitar a relação com os moradores do Baixo Sul da Bahia. “Os encontros têm sido proveitosos, pois tenho me tornado uma pessoa mais consciente do meu papel nas comunidades onde atuo”, finaliza.
Sinergia
Contribuir para a inclusão social do produtor do campo e para a formação dos empresários rurais do futuro. É assim que funciona a Aliança Cooperativa Estratégica, um ciclo virtuoso de desenvolvimento que envolve as casas familiares e cooperativas ligadas ao Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Mosaico de Áreas de Proteção Ambiental do Baixo Sul da Bahia (PDIS). Duas dessas instituições são a Cfaf e a Cooperativa das Produtoras e Produtores Rurais da Área de Proteção Ambiental do Pratigi (Cooprap) que, juntas, formam a Aliança Cooperativa Estratégica da Piaçava. “Considero importante a proposta de integrar o jovem com sua família, pois esta é a base para o desenvolvimento do ser humano”, completa Felipe.
Fonte: Fundação Odebrecht
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